31/07/2009
26/07/2009
22/07/2009
20/07/2009
16/07/2009
09/07/2009
Parte II (continuação)
E com companheira (e com movimentos reflexos, despidos de algo mais que o tacto, desacompanhados pelo palpitar apressado da paixão)
me mantenho – entre a sua pele desrugada e o seu corpo imberbe que me infligem um sentimento de invasão, incorrecção, deslocação – na descrença esperançosa de que um acto com a magnitude trágica do Amor me atordoasse de sentimento e ciúme, auspiciando o próximo acto seu!
Que me atordoasse como…
como o próximo momento em que a visse, no passeio do outro lado, nem que fosse num lampejo – que uma indolência irreflectida não permitiu tornar-se num olhar prolongado, venerado – mas que helenizou a finada rua com uma luz bruxuleante que me sombreava os passos tremeluzentes, enlevados pela descarga de pesar que refutava intensamente aquilo de que me convenci, anos atrás.
Ah que cor! – mistura doces tons de amarelos com o dourado divino –, que caminhar, que flutuantes movimentos a deslocam!
Mas o segredo da minha veneração esconde-se na forma como reflecte a luz. Qualquer tipo de iluminação. Delacroix vergar-se-ia; Sir Edward John Poynter venerá-la-ia; eu estranho-a.
E retorno sempre, desbotado, ao recanto confortavelmente inerte onde a viveza primitiva se desvaneceu, e lá me demoro, embaído com rotinas, companheiras e carícias brandas, quietações e canabiáceas várias…
embora raramente, (com o sobressalto da morte súbita!), me veja atiçado ao devaneio meigo e meloso dum sentir conturbado, ao ler no telemóvel a sua braquigrafia infantil no formato de sms… adormecendo mais tarde, arrebatado de tanto sentir, com os dedos lânguidos tocando o ameno ecrã, e a imaginação fecunda percorrendo os trilhos frugais do seu terno aroma.
me mantenho – entre a sua pele desrugada e o seu corpo imberbe que me infligem um sentimento de invasão, incorrecção, deslocação – na descrença esperançosa de que um acto com a magnitude trágica do Amor me atordoasse de sentimento e ciúme, auspiciando o próximo acto seu!
Que me atordoasse como…
como o próximo momento em que a visse, no passeio do outro lado, nem que fosse num lampejo – que uma indolência irreflectida não permitiu tornar-se num olhar prolongado, venerado – mas que helenizou a finada rua com uma luz bruxuleante que me sombreava os passos tremeluzentes, enlevados pela descarga de pesar que refutava intensamente aquilo de que me convenci, anos atrás.
Ah que cor! – mistura doces tons de amarelos com o dourado divino –, que caminhar, que flutuantes movimentos a deslocam!
Mas o segredo da minha veneração esconde-se na forma como reflecte a luz. Qualquer tipo de iluminação. Delacroix vergar-se-ia; Sir Edward John Poynter venerá-la-ia; eu estranho-a.
E retorno sempre, desbotado, ao recanto confortavelmente inerte onde a viveza primitiva se desvaneceu, e lá me demoro, embaído com rotinas, companheiras e carícias brandas, quietações e canabiáceas várias…
embora raramente, (com o sobressalto da morte súbita!), me veja atiçado ao devaneio meigo e meloso dum sentir conturbado, ao ler no telemóvel a sua braquigrafia infantil no formato de sms… adormecendo mais tarde, arrebatado de tanto sentir, com os dedos lânguidos tocando o ameno ecrã, e a imaginação fecunda percorrendo os trilhos frugais do seu terno aroma.
03/07/2009
'Se tu és dono dela e ela é dona de ti
Se tens vergonha dela e ela também de ti
Então és dono dela e ela é dona de ti
E cada amigo dela faz nascer o mal que há em ti
Se tens vergonha do que fazem só os dois
Se tens vergonha do que fazem só os dois
De cada amigo dela vem-te o medo que a façam depois
Se o que tu queres dela ela te diz que é só de ti
Se o que tu queres dela ela te diz que é só de ti
Então o que ela quer tu crês que também podes querer para ti'
B-Fachada - O Ciúme e a Vergonha
http://www.myspace.com/bfachada
Se tens vergonha dela e ela também de ti
Então és dono dela e ela é dona de ti
E cada amigo dela faz nascer o mal que há em ti
Se tens vergonha do que fazem só os dois
Se tens vergonha do que fazem só os dois
De cada amigo dela vem-te o medo que a façam depois
Se o que tu queres dela ela te diz que é só de ti
Se o que tu queres dela ela te diz que é só de ti
Então o que ela quer tu crês que também podes querer para ti'
B-Fachada - O Ciúme e a Vergonha
http://www.myspace.com/bfachada
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