'O homem vulgar, por muito dura que lhe seja a vida, tem pelo menos a felicidade de não a pensar.'


Bernardo Soares in Livro do Desassossego






12/03/2011

Sacudir o pó ao smoking eheh

in http://www.advocatus.pt/index.php/sociedade-de-advogados/2718-espanha-e-associados-organiza-encontro-europeu-2011-da-taglaw

"A capital do País irá receber nos dias 18 e 19 de Março, mais de 40 representantes de sociedades de advogados europeias. O encontro decorre no Ritz Four Seasons Hotel Lisboa.


A Espanha e Associados, membro em Portugal da rede internacional TAGLaw - uma das cinco maiores organizações mundiais de sociedades de advogados – vai organizar, em Portugal, o encontro europeu de 2011 desta prestigiada organização.

O encontro europeu anual da TAGLaw terá como pontos de debate principais as estratégias de reforço de networking da organização, focadas particularmente nas condições especiais que Portugal detém como plataforma de entrada em mercados lusófonos, a apresentação internacional do Centro Internacional de Negócios da Madeira, bem como os instrumentos legais, fiscais e os aspectos do regime societário e laboral, em vigor em Portugal.

Ao encontro irão associar-se os grupos de especialidade de direito fiscal da TAGLaw e da TIAG (organização da TAG de sociedades de contabilidade e auditoria/consultoria financeira). No âmbito desses grupos, irão deslocar-se a Portugal especialistas em direito fiscal de várias jurisdições europeias e norte-americanas.

João Espanha, sócio fundador da Espanha e Associados, comenta: “Estamos bastante empenhados na organização deste importante encontro internacional da rede TAGLaw, da qual a Espanha e Associados é associada exclusiva em Portugal. A integração da nossa sociedade de advogados na rede TAGLaw está em linha com a nossa aposta nos mercados internacionais, que tem vindo a provar ser uma estratégia de sucesso, dada a nossa elevada especialização nas áreas de direito fiscal, comercial e societário, financeiro e laboral”. "

10/03/2011

Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.



Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.