' Que força é essa, que força é essa que trazes nos braços,
Que só te serve para obedecer?
Que só te manda obedecer...
Que força é essa, amigo? '
30/12/2009
29/12/2009
22/12/2009
Psycho Killer (Talking Heads, 1977; também a versão de Peter Doherty, Glastonbury 2009)
Dentre fumo jorrando dos sorrisos, correntes de ar passando por janelas que insistem em se não fechar – lembrando o quão pior se estaria lá fora – e aquecedores dum passado recente, perdura o serão das conversas cruzadas, dos cinzeiros equilibrados no colo, dos risos soltos – disléxicos – aqui e ali, e dos remoques futebolísticos na sinergia sensorial pós-clássico, o benfica é o benfica: ‘e agora não sei quem acredita em Jesus e a conversão é uma coisa admirável’;
e é entre a nitidez do hortinha que me encanta com histórias brilhantemente descomplexas, e entre as cabeças amotinadas à minha frente na cama sobrelotada que agora faz de sofá que a velha televisão de 4 canais pouco visíveis e escassamente audíveis me coage a atenção pelo sublime do que o não pode deixar de ser, pela graça e pelo acordo,
no meio de um reality show das massas atulhado de aspirantes a estrelas, novos-pobres do colégio interno das almas que preferem a vespertina busca num centro comercial (gastando o que ganharam – ao custo usurário da sua vida – no eterno ciclo da hipnoterapia repetitiva preconizada por Aldous Huxley) a um dia de sol com uma boa companhia, numa praia inóspita, inabdicável. E no meio desta próspera e respeitável classe do meio emergente, afoita por reconhecimento e ‘vivendas’ com piscinas, aparece a diferença e a semelhança, que me atenua – mas só por um momento – a insurrecta perspectiva de uma dissidência maior.
Sei que nem todas podem ser Karen Blixens, mas gosto de pensar que sim, que pelo menos são mais do que as que pensamos. E não consigo ficar alheio à diferença e à semelhança. Sou parcial, talvez Musil tenha razão, e ‘um homem que busque a verdade torna-se sábio; um homem que pretenda dar rédea solta à sua subjectividade torna-se, talvez, escritor’.
e é entre a nitidez do hortinha que me encanta com histórias brilhantemente descomplexas, e entre as cabeças amotinadas à minha frente na cama sobrelotada que agora faz de sofá que a velha televisão de 4 canais pouco visíveis e escassamente audíveis me coage a atenção pelo sublime do que o não pode deixar de ser, pela graça e pelo acordo,
no meio de um reality show das massas atulhado de aspirantes a estrelas, novos-pobres do colégio interno das almas que preferem a vespertina busca num centro comercial (gastando o que ganharam – ao custo usurário da sua vida – no eterno ciclo da hipnoterapia repetitiva preconizada por Aldous Huxley) a um dia de sol com uma boa companhia, numa praia inóspita, inabdicável. E no meio desta próspera e respeitável classe do meio emergente, afoita por reconhecimento e ‘vivendas’ com piscinas, aparece a diferença e a semelhança, que me atenua – mas só por um momento – a insurrecta perspectiva de uma dissidência maior.
Sei que nem todas podem ser Karen Blixens, mas gosto de pensar que sim, que pelo menos são mais do que as que pensamos. E não consigo ficar alheio à diferença e à semelhança. Sou parcial, talvez Musil tenha razão, e ‘um homem que busque a verdade torna-se sábio; um homem que pretenda dar rédea solta à sua subjectividade torna-se, talvez, escritor’.
21/12/2009
'Primeiro levaram os comunistas, e eu calei-me, porque não era comunista.
Depois levaram os sociais-democratas, e eu nada disse, porque não era social-democrata.
Levaram os sindicalistas e os homossexuais, e eu não protestei, porque não era sindicalista nem homossexual.
Quando levaram os judeus e os deficientes, eu também não protestei, porque não era judeu nem deficiente.
Quando me levaram, já não havia quem protestasse.'
Martin Niemöller
17/12/2009
15/12/2009
09/12/2009
The U.S. vs John Lennon
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