'O homem vulgar, por muito dura que lhe seja a vida, tem pelo menos a felicidade de não a pensar.'


Bernardo Soares in Livro do Desassossego






09/03/2009

O Fastidioso do Actual

Oh virtude que comigo se deita…
Claustro pendente sobre a pirâmide invertida do meu discernimento.
Copiada, falsificada, contrafeita.
Não as ames – nunca as ames –aborrece-me o sentimento.

Cruz que é ser maior do que os homens
Raça daqueles que se acham aquilo que pensam ser
Estirpe inviolada, castamente exigente
Dos que em pé, estóicos, se arrogam de viver

Corre, Lázaro! Sente, goza, ama!
Deita-te sempre mais leve na cama.
Parte, torce, cala, chama.
Nunca mintas a um estranho
(e a quem conheces engana!)

Queres a verdade? Exige-ma.
(Que escrevo de forma compulsiva,
Que me surgem poemas como quem espirra,
E epifanias! no epicentro do mundanismo,
Vendo os outros pela desconsideração do egotismo?)

Então lê-me, eufórica: grita-me essa passagem!
De Vida, Verdade, Poesia e Arte
Mergulha na teatralidade e deixa-me admirar-te
Finge a naturalidade que te é ausente
Para ilusão do apático, enfadonho presente...
Cala-te!, harmoniosa, deixa-me degustar o que dizes
Prova-me, intrépida, que só mereço amar actrizes.

3 comentários:

José disse...

ahead

Anónimo disse...

qualquer comentário ke invariavelmente aqui se faça é insignificante, relativo ao do k escreveste. amei era dizer pco. ou nada

MADAS disse...

!!!!!