'La Liberté Guidant Le Peuple', Eugéne Delacroix,
1830, huile sur toile, Musée du Louvre, Paris.
Eugéne Delacroix, o mais sugestivo dos pintores, odiava multidões, apavorava-se com o turpor revolucionário da época a que emprestou a sua existência, e abominava qualquer tipo de euforia popular. Todavia criou a única pintura revolucionária a ser catedratizada como uma obra de arte.
Nas suas palavras: (tradução livre) 'O maior inimigo da pintura é a cinzentude. De facto, não existem luzes ou sombras. Há apenas uma cor massiva para todos e em cada objecto, reflectindo-se diferentemente em cada ângulo dos mesmos. (...) Sem audácia, sem extrema audácia, não há beleza. Urge ousar para ser único. Não há regras para as grandes almas: as regras são para aqueles que meritoriamente têm um talento que pôde ser adquirido - e não para os génios... Os efeitos mais sublimes não são resultados de licenças pictóricas. Por exemplo, a aparência inacabada dos trabalhos de Rembrandt ou o exagero de Rubbens. Os homens medíocres nunca o ousariam fazer; eles nunca se ultrapassam a eles mesmos. O método não pode ser regra para tudo, apenas pode guiar um homem banal até certo ponto.'
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