'O homem vulgar, por muito dura que lhe seja a vida, tem pelo menos a felicidade de não a pensar.'


Bernardo Soares in Livro do Desassossego






08/01/2009

No tempo em que se festejava o Natal
O coração acelerava quando acabava a escola.
Receber a família, brincar com primos, fazer coisas que tal…
É o Natal passado que agora me assola.

Depois o Natal foi, mais do que receber presentes
O gozo supremo de tos querer dar.
Viver a época através dos teus olhos, inocentes
E sentir aquela azáfama de to preparar.

Hoje o Natal não mais é do que um dia
Em que me dói a cabeça e o universo.
Tal como Agosto, só me traz melancolia,
E a absurda ausência em que tropeço.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um urso de peluche...uma caixa de música...um livro de que se gostou...uma noite feliz.
Porque há presentes que deixam um brilho no olhar de uma criança, e um sorriso nos lábios de uma mulher...
Há Natais que não se esquecem.

Anónimo disse...

li os teus textos...e apesar de perspectivarmos o mundo de maneira diferente..este texto foi um dos com q me identifiquei..

Todas a xs q passo no metro do parque e leio este "ditado pessoano"....

"doi me a cabeca e o universo"!

....a mim tem me doído cada vez mais a caceba..é o meu universo q me pesa.. cada vez o tenho mais consciente!